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CRACA (MEGABALANUS AZORICUS)

É um crustáceo filtrador que se fixa fortemente ao substrato rochoso. Preferindo zonas de forte rebentação, constrói uma muralha calcária em forma de “vulcão” para o defender das marés e predadores.

A distribuição vertical deste animal é dos 0m aos 10m, sendo mais abundante na zona de entre-marés.

É uma espécie endémica dos açores, o que lhe confere uma unicidade extremamente apelativa e que pode ser trabalhada no marketing final junto do consumidor.

De certa forma semelhante aos percebes em Portugal Continental, a sua captura é extremamente perigosa e cansativa. Em apneia, junto á rebentação e com as oscilações das marés, utiliza-se um escopro e martelo para as remover da rocha. Frequentemente é necessário partir a rocha basáltica extremamente dura, afim de conseguir o exemplar. Tal como a Lapa-Brava e Lapa-Mansa, a captura é dependente das condições atmosféricas, não sendo em qualquer local que esta espécie ocorre.

A sua textura e “sabor a mar” fresco e muito pronunciado, tornam-nas uma espécie emblemática, tendo elevada procura.

A nossa empresa trabalha este produto de modo a que o peso seja o menor possível, com benefícios claros para o cliente. Todos os bicos são consertados, afim de os preparar para o consumidor. Tradicionalmente deixa-se uma certa quantidade de algas para conferir sabor quando da cozedura.

Sugerimos, como nos demais crustáceos, a cozer o produto antes de o congelar.

ABALONE/ LAPA-BURRA / ORELHA-DO-MAR (HALIOTIS TUBERCULATA COCCINEA)

É um molusco de hábitos noturnos que habita perto da zona de rebentação, preferencialmente por baixo de grandes penedos. Alimenta-se, quando adulto, de macroalgas.

Esse produto tem um sabor reconhecido por chefs de nível mundial. Suculento e tenro, presta-se a uma grande diversidade de receitas. 

LAPA-MANSA (PATELLA CANDEI)

Pertence à família Patellidae , sendo um molusco gastrópode. Habita na zona de rebentação, comumente dos 0m aos 10m alimentando-se de algas presentes no substrato rochoso onde habitam. São estas que lhes conferem grande parte do sabor característico desta espécie nesta região.

É também interessante salientar que são mais carnudas e de melhor qualidade na costa Norte das ilhas, dado que os ventos e marés predominantes são do quadrante Norte, estimulando estes animais a desenvolverem-se devido à força da rebentação.

Existe um período de defeso alargado de 1 de Outubro a 30 de Abril.

A sua apanha é realizada apenas em mergulho de apneia na zona de maior rebentação, usando uma “lapeira”. Este utensílio é uma faca modificada para o efeito. Uma a uma, o apanhador pode apanhar até 80kg/dia/apanhador e apenas apanhadores licenciados podem desenvolver esta atividade exaustiva.

De excelente consistência, mas mais tenra que a lapa-brava, é por alguns preferida. Normalmente é apanhada em menor quantidade que esta. Por este facto, são comercializadas juntas, exceto se o cliente solicitar essa distinção nas encomendas.

Presta-se a ser grelhada na chapa. Dadas as suas caraterísticas, são tradicionalmente utilizadas no característico afonso de lapas e arroz de lapas.

Sugerimos aos nossos clientes a não confecionar este produto em lume alto, afim de não tornar a sua carne rija. Se for congelada, é necessário descongelar totalmente o produto, afim da confeção poder ter êxito.

LAPA-BRAVA (PATELLA ASPERA)

Pertence à família Patellidae , sendo um molusco gastrópode. Habita na zona de rebentação, comumente dos 0m aos 10m alimentando-se de algas presentes no substrato rochoso onde habitam. São estas que lhes conferem grande parte do sabor característico desta espécie nesta região.

É também interessante salientar que são mais carnudas e de melhor qualidade na costa Norte das ilhas, dado que os ventos e marés predominantes são do quadrante Norte, estimulando estes animais a desenvolverem-se devido à força da rebentação.

Existe um período de defeso alargado de 1 de Outubro a 30 de Abril.

A sua apanha é realizada apenas em mergulho de apneia na zona de maior rebentação, usando uma “lapeira”. Este utensílio é uma faca modificada para o efeito. Uma a uma, o apanhador pode apanhar até 80kg/dia/apanhador e apenas apanhadores licenciados podem desenvolver esta atividade exaustiva.

Este produto de cor amarelo-vivo e sabor intenso é um verdadeiro  ícone da nossa gastronomia com uma elevada procura interna e nos “mercados da saudade” onde atinge preço bastante elevados. Mais consistente que a lapa-mansa e a lapa-burra, é confecionada na chapa ou consumida viva.

A nossa empresa planeia iniciar um estudo em 2016 que visa encontrar novas formas de conservar estes animais vivos antes e durante o transporte, afim de conquistar novos mercados através de ganhos na longevidade do produto.

Sugerimos aos nossos clientes a não confecionar este produto em lume alto, afim de não tornar a sua carne rija. Se for congelada, é necessário descongelar totalmente o produto, afim da confeção poder ter êxito.

CAVACO (SCYLLARIDES LATUS)

É um crustáceo de família Scyllaridae. De hábitos noturnos, habita em fendas e buracos durante o dia. Alimenta-se sobretudo de moluscos.

A reprodução ocorre de Verão, ascendendo desde os cerca de 100m máximos onde vivem até os 3m. O período de defeso é, assim, de 1 de Maio a 31 de Agosto.

Possui uma armadura – exosqueleto – resistente que funciona simultaneamente como camuflagem.

È considerado como um arisco de excelência, tendo sido alvo de sobrepesca no Mediterrâneo. Na Região Autónoma dos Açores as suas populações mantém-se saudáveis.

É capturado de duas formas:

- em cofres

- em apneia, frequentemente abaixo dos 20m em grutas ou fendas sinuosas, sendo algumas zonas de captura extremamente perigosas e apenas acessíveis aos mais experientes.

Enquanto empresa, cumprimos os períodos de defeso de forma escrupulosa, contribuindo para que não se repitam os exageros ocorridos o Mediterrâneo.

Gastronomicamente, a sua carne é única em muitos aspetos: suculenta, firma e completamente distinta da Lagosta. É extremamente apreciado na gastronomia local e é um produto de elevado valor na exportação. Normalmente é confecionado na grelha ou cozido.

LAGOSTA (PALINURUS ELEPHAS)

Crustáceo que ocorre entre os 0m e os 70m, cujo período de reprodução ocorre no Outono e Inverno, existindo o seguinte período de defeso:

- entre 1 de Outubro e 31 de dezembro todas as capturas estão proibidas.

- entre 1 de Janeiro e 31 de Março as fêmeas ovadas têm que ser devolvidas ao mar.

Na região é capturada sobretudo com recurso a cofres.

Espécie que dispensa apresentações é, a par do Cavaco, considerado de excelência. Contudo, é mais frágil e sensível no transporte que este último, exigindo mais cuidado em toda a cadeia de comercialização.

SANTOLA (MAJA CAPENSIS)

É um crustáceo abundante, habitando em fundos dos 0m aos 50m. a repsodução dá-se no Outono e Inverno, pelo que se encontram fêmeas ovadas a partir do início do Inverno. Por esta razão está instituído o seguinte período de defeso:

- de 1 de Outubro a 31 de Dezembro todas as capturas são proibidas.

- de 1 de janeiro a 31 de Março as capturas ovadas têm que ser devolvidas ao mar.

É bastante apreciada localmente. O seu consumo é sobretudo realizado com uma cozedura prévia.

POLVO (OCTOPUS VULGARIS)

É um molusco, cefalópode, invertebrado que vive até 1-2 anos, morrendo após a reprodução. Vivem em fundos rochosos, alimentando-se de pequenos moluscos, crustáceos e peixes.

Dada a sua alimentação característica nos Açores (como lapa-burra, lapa-brava, lapa-mansa ou cavacos e caranguejos), o seu sabor é muito intenso e característico, considerado muito superior aos da mesma espécie de outras proveniências.  Habita dos 0m aos 200m, sendo capturado em armadilhas ou em mergulho de apneia.

Extremamente apreciado nos Açores, tem adquirido maior expressão no mercado gourmet no Continente Português e EUA. Tradicionalmente utilizado em saladas, guisados, arrozes, no forno ou grelhado na brasa, faz as delícias de qualquer apreciador deste produto.

SAPATEIRA (CANCER PAGURUS LINNAEUS)

È um animal pertencente à família Cancridae. Habita dos 0m aos 60m.

É apreciada na nossa gastronomia da mesma forma que a Santola. Contudo, ao ser mais carnuda, sobretudo as pinças, presta-se para a arrozes de marisco.

OURIÇO-DE-ESPINHOS-CURTOS (SHAERECHINUS GRANULARIS)

São equinodermes, distribuindo-se dos 0m aos 100m de profundidade, apresentando as cores roxa-violeta, branca ou castanha.

A sua comercialização é realizada de início de Maio a finais de Agosto. O peso das gónadas ronda os 17g-25g. De momento, a captura é exclusivamente manual, em mergulho de apneia, sendo um processo moroso, mas amigo do ambiente. O produto é comercializado inteiro.

 

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